1) ENS – 1436 Vencendo desafios de Matemática e de Estatística por meio de Oficinas de Aprendizagem e Grupos de Estudo (Profa. Natalia Lemke - IMEF)

Disciplinas das Ciências Exatas e da Terra, como das áreas da Matemática e da Estatística, apresentam fundamental importância tanto na vida acadêmica dos(as) estudantes, quanto na atuação profissional destes(as), pois estão presentes nas mais diversas áreas do conhecimento. No entanto, de modo geral, grande parte dos(as) discentes ingressa na universidade com muitas dificuldades no entendimento da matemática básica, o que acarreta em elevados índices de reprovação e baixo aproveitamento acadêmico, desmotivando estes(as) estudantes, que muitas vezes acabam desistindo dos cursos. No Campus São Lourenço do Sul os cursos de Agroecologia, Gestão Ambiental e Licenciatura em Educação do Campo, possuem várias disciplinas das áreas da Matemática e da Estatística ofertadas pelo Instituto de Matemática, Estatística e Física (IMEF), e grande parte dos(as) estudantes têm apresentado dificuldades na compreensão dos conteúdos dessas disciplinas. Com intuito de incentivar os(as) estudantes a vencerem os desafios enfrentados nas disciplinas das áreas de Matemática e de Estatística, auxiliando no processo ensino-aprendizagem, compreende-se que Oficinas de Aprendizagem e Grupos de Estudo consistem em excelentes ações de ensino, nas quais poderão ser realizadas diversas atividades didáticas utilizando recursos didático-pedagógicos com os(as) estudantes, motivando assim para permanência e conclusão dos cursos de graduação, visando aumentar os índices de aprovação. Destaca-se ainda que, especificamente neste momento de enfrentamento à pandemia da COVID-19, e consequentemente com o isolamento social, as atividades de Oficinas de Aprendizagem e de Grupos de Estudo vêm a contribuir com a interação entre estudantes, mesmo que de forma remota, instrumentalizando-os(as) ao longo da trajetória acadêmica e incentivando-os(as) ao aprendizado e à permanência nos cursos de graduação. Portanto, compreende-se que as atividades das Oficinas de Aprendizagem e Grupos de Estudo nas áreas da Matemática e da Estatística apresentam fundamental importância para auxiliar estudantes no processo de ensino-aprendizagem, motivando-os(as) em busca de novos conhecimentos, contribuindo com o aumento dos índices de aprovação nas disciplinas dessas áreas, assim como com a redução da evasão acadêmica nos referidos cursos do Campus de SLS.

2) ENS - 1489 Rodrigo da Rosa Pereira: Laboratório de Leitura e Produção Textual - PROTEXT

O presente projeto de ensino dispõe sobre a criação do “Laboratório de Leitura e Produção Textual – PROTEXT”, junto ao Campus São Lourenço do Sul (SLS), vinculado ao Instituto de Letras e Artes. O PROTEXT será caracterizado enquanto espaço de práticas diversas de leitura e produção textual e de estudos afins. Trata-se de um lugar de formação complementar aos discentes, particularmente no que se refere à disciplina de Produção Textual. Seu objetivo principal é promover o desenvolvimento de habilidades e competências que venham ao encontro das necessidades linguístico-textuais no contexto dos diferentes cursos de SLS, com base no diálogo entre discentes, docentes e coordenações. Inicialmente, a proposta surge como estratégia pedagógica para o período emergencial de atividades acadêmicas. Como alternativa à oferta da disciplina, propõe-se um ciclo de Oficinas de Leitura e Produção Textual, a fim de desenvolver um conjunto de exercícios com o menor peso teórico possível aos participantes, levando em conta a excepcionalidade do momento. Desse modo, pretende-se evitar qualquer tipo de prejuízo aos discentes, frente às fragilidades da situação, que se apresenta nova e desafiadora para todos. Todavia, cumpre destacar que a proposta de estabelecimento do PROTEXT em SLS possui caráter permanente. Tão logo seja possível a retomada das atividades presenciais, espera-se planejar outras ações, dentre as quais se vislumbra não apenas a oferta de Oficinas, mas também a possibilidade de atendimento a estudantes por demanda, promovendo práticas diversas de suporte linguístico, como na elaboração de artigos e TCC. Além disso, espera-se, futuramente, criar o Grupo de Estudos do Texto (GET), para uma reflexão teórica mais aprofundada, associada às práticas realizadas.

3) Nr.: 1229 (CO) EDUCAR EM REDES DE CONVERSAÇÕES Coordenação – Profas Berenice Vahl Vaniel (IMEF) e Janaina Soares Martins Lapuente (IE). Com a colaboração da Professora Patrícia Braga Lovatto (ICB)

O projeto "(Co)educar em redes de conversações" consiste na formação continuada de professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental de Canguçu mediada pelo conversar sobre vivências, experiências, compreensões e desejos desses professores em relação ao Educar e articulada ao estudo e aprofundamento das questões teóricas e metodológicas envolvidas nos processos de ensinar e aprender. A implementação do projeto se dará em parceria e colaboração com os docentes e acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEdoC), campus São Lourenço do Sul, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e a Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Cultura (SMEEC), com o apoio técnico da Secretaria de Educação à Distância da FURG - SEaD, e demais docentes colaboradores da FURG. A proposta de trabalho ocorrerá através de três eixos formativos: redes de conversação e reflexão, aprofundamento teórico e vivências colaborativas no coletivo da escola. A formação ocorrerá de forma hibrida, ou seja, com atividades online através da Plataforma Moodle, na qual será criado um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e presencial, totalizando 70 horas.

4) CAMPESINATO E AGRICULTURA FAMILIAR: TRAJETÓRIA E PERMANÊNCIA NO TERRITÓRIO BRASILEIRO

Projeto de Pesquisa com ações de Ensino Profa. Responsável Carmem Pacheco Porto

A pesquisa objetiva analisar a trajetória do campesinato e da agricultura familiar no território brasileiro e o lugar das formas de produção, trabalho, consumo e comercialização, que mesmo inseridas no sistema capitalista se re-inventam como não capitalistas. A proposta metodológica consiste em revisão bibliográfica e discussão de conceitos para fundamentação teórica e metodológica da pesquisa. Levantamento de informações e dados sobre: as formas de organização das unidades de produção familiar e sua espacialização; os diferentes impactos da modernização da agricultura para o campesinato e agricultura familiar; políticas públicas voltadas para esses atores sociais (camponês e agricultor familiar) e sua importância para a valorização e reconhecimento ao longo do tempo. Organização e análise das informações e dados em laboratório (durante o período de afastamento social tanto a orientação como as atividades desenvolvidas pelos estudantes serão desenvolvidas de forma remota), objetivando identificar a representatividade do campesinato e da agricultura familiar no território brasileiro e reunir elementos para reconstituir a trajetória desse segmento social, que indiscutivelmente resiste e garante sua reprodução social. Construção de materiais didáticos e publicações, com base nos resultados e nos múltiplos conhecimentos e saberes advindos da experiência acumulada durante o desenvolvimento da pesquisa e a elaboração do relatório da pesquisa. A pesquisa promoverá a inserção dos estudantes da Universidade, o que permite a construção de múltiplos saberes provenientes desta prática, os quais ao serem articulados à reflexão e a construção teórica, possibilitarão a articulação com as atividades de ensino dos seus respectivos cursos de graduação.

5) ENS - "Educação do campo e a organização do trabalho pedagógico" - Profa Janaína Soares Martins Lapuente - IE

O projeto de ensino "Educação do campo e a organização do trabalho pedagógico" organiza-se a partir de dois eixos formativos: a) educação do campo: referenciais e princípios; b) o planejamento, a organização e a gestão da aula. A proposta surge como alternativa a oferta da disciplina "Estágio Supervisionado de Observação I", considerando o período de excepcionalidade que estamos vivendo em virtude da situação de saúde pública atual (COVID-19). Esse momento emergencial nos exige pensar /propor alternativas pedagógicas de modo não presencial, orientadas pelo perfil dos estudantes do Curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEdoC) e suas condições de acesso aos meios digitais e internet. Diante dos dados levantados pelos questionários dos estudantes, da natureza da disciplina e sua articulação com o cotidiano escolar, foram privilegiados alguns temas essenciais à formação docente que serão trabalhados através de leituras, pesquisas e escritas reflexivas por meio da Plataforma Moodle. Para tanto, o projeto envolve os seguintes temas e seus desdobramento teórico-metodológicos: currículo escolar, planejamento, organização dos tempos e espaços escolares e avaliação nas escolas do campo e nos espaços não formais, valorizando os saberes e experiências dos estudantes no decorrer do Curso de Licenciatura em Educação do Campo.

6) EAD - Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) em espaços urbanos - Jaqueline Durigon - ICB

Oferta do Curso "Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) em espaços urbanos", em formato EAD, C.H. 45h, entre o mês de agosto e setembro. O mesmo será aberto ao público, incluindo acadêmicos e se dá como parte das atividades do Projeto nº 745, conveniado a FAURG e Coordenado pela Prof. Tatiana Walter, do Instituto de Oceanografia.

7) PROJETO Territórios de Aprendizados: LEDOC em Rede. Coordenação: Profa. Berenice Vahl Vaniel (IMEF), Profa. Janaína Lapuente (IE), Profa. Carmem Porto (ICHI), Profa. Patrícia Braga Lovatto (ICB)

Colaboradores: Profa. Marlene Rios (EQA), Profa. Jaqueline Durigon (ICB), Profa. Graziela Rindaldi (IE), Prof. Rodrigo da Rosa Pereira (ILA). Discentes: Vera Timm Jeske, Luana Bunde, Laércio da Silva Nebel, Marco Vinicio Machado Nunes, Ornesina Santana

O projeto Territórios de Aprendizados: LEDOC em Rede, em processo de cadastramento, tem como objetivo promover rodas de conversa online que possibilitam a interação entre diferentes segmentos da comunidade acadêmica por meio de uma produção coletiva, em rede. Foi pensado e organizado a partir do plano de contingência FURG para atender a demanda dos estudantes da LEDOC por atividades que possibilitassem a interlocução entre docentes da LEDOC, estudantes, técnicos e comunidade em geral. A partir da formação de uma comissão constituída por docentes e estudantes em maio de 2020 (Comissão de Lives da LEDOC/FURG) buscou-se construir de forma colaborativa uma agenda com temas relevantes para a Educação do Campo que estejam vinculados direta ou indiretamente com às temáticas desenvolvidas nas disciplinas ofertadas pelo curso nos diferentes QSL. Além de possibilitar a compreensão e discussão de temas atuais e relevantes que minimizam o distanciamento entre estudantes e a rotina acadêmica, o projeto Território de Aprendizados: LEDOC em Rede através das suas Rodas de Conversa que acontecem a cada quinze dias, fomenta, de maneira online, a interlocução com a comunidade do Território Zona Sul, característica intrínseca à identidade do curso, preservando o papel social e a intervenção comunitária da Educação do Campo na região de abrangência do Campus São Lourenço do Sul. Somado isso, o Projeto Rodas de Conversa tem contribuindo para manutenção das parcerias tão profícuas entre FURG e instituições parceiras, uma vez que estimula a participação de vários interlocutores na mesma roda de conversa com diferentes percepções e vivências, incluindo docentes da LEDOC/FURG, estudantes egressos, agricultores, líderes comunitários, bem como, docentes de outras IES, institutos de pesquisa, agências de ATER e organizações não governamentais-ONGs. Por tudo isso, o Projeto Territórios de Aprendizados, propõe interações e entrelaçamentos de teorias, experiências e opiniões no sentido de restabelecer vínculos, onde se ensina e se aprende, num processo dialógico, que envolve docentes, discentes e comunidade. As redes de relações em tempos de pandemia adquirem maior importância, não excluem as instituições e organizações territoriais existentes, mas seus espaços de conexões são acrescidos de valor no atual contexto. Por meio de múltiplas formas tem-se um movimento de ideias em que se vislumbra a construção de conhecimentos/saberes. O que importa é que buscamos formas de tratar os diferentes saberes/conhecimentos e os desafios de sua aplicabilidade, assumindo riscos da indeterminação dos percursos (REGO, 2008), sem desconstituir as formas presenciais institucionalizadas historicamente na educação superior. Os processos de (re)territorialização em que estamos envolvidos nesse momento, envolve grupos e indivíduos, em espaços descontínuos (em rede) e extremamente complexos (HAESBAERT, 2008). As redes não podem ser vistas apenas como “destruidoras de territórios”: uma combinação articulada de redes, “malha”, por exemplo, pode ser a base de um processo de (re) territorialização, ou seja, de formação de novos territórios. Dito desta forma, a desterritorialização implicaria em uma reterritorialização. (HAESBAERT, 1997, p. 94 - 2002, p. 132-133). São múltiplas formas de organizações que abarcam diversidade e complexidade na tentativa de promover a interação por meio de estratégias pedagógicas que se ensaiam em tempos de pandemia.

8) Proj Pesq 385 - A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NOS MOVIMENTOS SOCIAIS DO CAMPO EM SÃO LOURENÇO DO SUL, RS, BRASIL. Prof. Marlon Pestana - ICHI

O projeto de pesquisa intitulado \"Educação Patrimonial nos Movimentos Sociais do Campo em São Lourenço do Sul\" tem como meta trabalhar as representações culturais sejam elas de cultura material ou imaterial, através de atividades tipo oficinas para amplificar caracteres de identidade cultural do sujeito coletivo do campo. Existem, nesse sentido, inúmeras oficinas artesanais que fomentam e reforçam a diversidade cultural do campo. Mesmo tendo, na maioria delas, o trabalho com cerâmica a sua base, a trança de couro, amarras com palha e bioconstruções também são algumas alternativas na produção cultural. Nas diferentes localidades do interior do município de São Lourenço do Sul, destacam-se a do Boqueirão, Boa Vista e Santa Augusta, as mais antigas respectivamente. Nas estradas vicinais são identificadas pequenas agrovilas, algumas delas identificadas como quilombos, outras mais afastadas, possuem cemitérios antigos que os moradores associam aos primeiros povoadores pomeranos na região. A diversidade, portanto, de saberes e fazeres encontra-se predominantemente entre descendentes de imigrantes alemães e quilombolas afro-descendentes provindos das charqueadas pelotenses. O componente cultural indígena está concentrado nas proximidades da BR-116 e nos vales dos rios Canguçu e Camaquã (TI Pacheca). As atividades de pesquisa com estes três importantes componentes culturais: o quilombola, o indígena e o pomerano, que representam os movimentos sociais do campo em São Lourenço do Sul, se resumem em visitar as localidades e identificar os seus fazeres tradicionais para recriá-los em oficinas práticas noutras comunidades com identidades culturais semelhantes. A intenção de mapear e registrar os saberes culturais locais, tem por objetivo criar um banco de dados sobre as manifestações artísticas manuais que produzem cultura material, tais como a confecção de panelas e cahimbos de barro, a produção de colares, a confecção de instrumentos, estátuas para festas e rituais. Com isso, deseja-se buscar elementos culturalmente aglutinadores para o empoderamento dos movimentos sociais do campo, exercitando através de oficinas culturais a prática da cidadania e o fortalecimento do sujeito coletivo do campo.

9) ENS 1497 - Tutoria vinculada à Coordenação do curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEdoC) para atendimento da oferta de disciplinas e do processo de ensino e de aprendizagem no período emergencial. Prof. Eduardo Antunes Dias (ICB)

Tutoria de atividades de apoio ao ensino e a organização da retomada de estudos no período emergencial, desempenhada por estudante de graduação, sob a orientação da Coordenação da LEdoC, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem no período emergencial. Frente a situação de excepcionalidade e de emergência gerada pela pandemia, o tutor deverá auxiliar a coordenação de curso na readequação dos componentes curriculares e no processo de ensino e de aprendizagem no decorrer deste período. Lembramos que o perfil d@s estudantes da LEdoC levantado pelos questionários é de uma condição de vulnerabilidade, pois a grande maioria possui somente smartphones com acesso individual (71%) e apenas 30% têm notebook com acesso individual, sendo que a internet residencial está presente em 54% das respostas e os dados móveis em 33%. As ferramentas digitais que @s estudantes dominam praticamente se restringem às redes sociais: WhatsApp (95,6%), FaceBook (83%), YouTube (74%), E-mail (67%) e Instagram (45%), sendo que alguns (indígenas e quilombolas) ainda residem em áreas remotas com sinal oscilante (33% com dados móveis, 54% com internet residencial e 13% sem sinal). Sobre o Moodle, 54% nunca utilizaram. Quarenta e um por cento (41%) desejam retornar às atividades, preferencialmente no modo presencial, sedo que 80% destes utilizariam seus smartphones, contra 33% que utilizariam o notebook. Objetivo Geral: Apoio ao ensino e a organização da retomada de estudos no período emergencial. Objetivos específicos: ) Contribuir para a qualidade dos Cursos de Graduação por meio da inserção de graduandos em atividades e ações de ensino de modo a prevenir a evasão e o abandono do curso; b) Auxiliar na criação de métodos e instrumentos didático-pedagógicos on-line e semipresenciais; C) Colaborar com a coordenação do curso na organização da retomada de estudos no período emergencial; D) Colaborar na integração entre estudantes e professores mediados pelas tecnologias digitais; E) Auxiliar os estudantes no processo de aprendizagem no período emergencial.

10) EXT – 1279: Fazendo o Bem, Não Importa a Quem. (Graziela Rinaldi da Rosa - IE)

Colaboradores:
Lívia Accioly Menezes da Silva (Santo Molde); Sandra Hartwig (costureira); Ronaldo Augusto Gomes da Silva (discente); Maria Rosa Silva Nunes (discente); Hariane Nunes Krack (discente); Luana Bunde (discente).

Tendo em vista o cenário atual, e a urgência de ações estratégicas que auxiliem a população, sobretudo as comunidade de povos tradicionais do campo e periféricas, onde, por motivos socioeconômicos, se encontra a população forçada a maior exposição, o Projeto de Extensão “Fazendo o Bem, Não Importa a Quem” da Universidade Federal do Rio Grande em parceria com a Escola de Costura e Modelagem Santo Molde, busca desenvolver ações sociais com o intuito de amenizar impactos que a população vem sofrendo devido a pandemia da COVID-19. As famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômicas são as que mais precisam se expor ao vírus pois não tem a possibilidade de permanecer em isolamento domiciliar, com isso o uso da máscara é essencial para a proteção da população. Desta forma, as principais ações do projeto consistem em: confeccionar e distribuir máscaras para a população lourenciana e região; trocar máscaras por alimentos; distribuir os alimentos para a população vulnerável do campo e da cidade; levar informações para as comunidades, sobre os riscos e medidas de prevenção; envolver a comunidade Lourenciana numa rede solidária; divulgar o trabalho da Universidade Federal do Rio Grande em prol da sociedade no enfrentamento contra a COVID-19; fortalecer as atividades de extensão desenvolvidas no campus de São Lourenço do Sul. A medida que, o projeto se desenvolvia foram construídas parcerias com lideranças de comunidades de povos tradicionais, bairros, agentes de saúde, equipes diretivas de escolas do campo e da cidade e cooperativas, desta forma, a partir das metodologias participativas o projeto se desenvolve com a comunidade. Tendo início em abril de 2020, antes da primeira confirmação de COVID-19 no município, foram confeccionadas e distribuídas até o momento mais de 12 mil máscaras e cerca de 10 toneladas de alimentos arrecadados e distribuídos para a população do campo e da cidade. Resultados que retratam o comprometimento social e a importância do trabalho coletivo com suas intenções voltadas para um bem comum.
No município de São Lourenço do Sul temos a presença de dez povos tradicionais. São Pecuaristas, agricultores familiares, povos de terreiros, indígenas, quilombolas, benzedeiras, povos da cadeia produtiva da pesca, indígenas, Povo cigano, ribeirinhos. Dentro dessas comunidades encontramos a presença significativa das mulheres. Sabe-se que as mulheres são as que administram o maior número de lares no Brasil, e as mulheres rurais tem sido atingidas pela crise sanitária, humana e financeira, que se agravou com o COVID19. Nesse sentido, nosso projeto de extensão visa auxiliar essas mulheres, com base em nossos estudos feministas, pois sabemos que muitas delas não possuem com quem deixar seus filhos, e filhas, e como as escolas e creches estão fechadas, essas mulheres não possuem renda para suprir as necessidades básicas de suas famílias. O trabalho das mulheres na lavoura foi também afetado pela seca, que afetou drasticamente a produção agrícola e com a falta de água para o consumo doméstico, sendo que muitas famílias são obrigadas a armazenar a água proveniente de cacimbas de vizinhos em bobonas que permanecem armazenadas durante alguns dias, que já se configura como um agravante em relação ao bem-estar e saúde pública devido a viroses e diminuição da qualidade da água, e com a Covid-19 a situação é ainda mais grave, pois a dificuldade ao acesso a água condiciona a população ao racionamento. Algumas famílias do campo, já somam mais de cinco meses (desde dezembro de 2019), sem água encanada no município de São Lourenço do Sul. Sendo assim, buscamos em nossa prática coletiva traçar os objetivos em busca de resultados positivos e eficazes para a comunidade, tendo aspirações de dias melhores.

11) ENS – 1560: Práticas educativas escolares e comunitárias na Educação do Campo em tempo de Pandemia (Graziela Rinaldi da Rosa – IE)

Colaboradores/as 2020/1:

Docentes: Jaqueline Durigon – ICB; Lucila dos Santos Vales – ILA; Rodrigo da Rosa Pereira – ILA; Ezequiel Cesar Carvalho Miola – ICB; Patricia Braga Lovatto – ICB; Eliza Mara Lozano Costa – ICHI; Marlon Borges Pestana – ICHI; Berenice VahlVaniel – IMEF; Natalia Lemke – IMEF; Janaina Soares Martins Lapuente – IE; Marlene Rios Melo – EQA.

Discente: CatianeStriderWeber (EPEC/Monitoria).

O Curso de Licenciatura em Educação do Campo possui docentes de diversos institutos e áreas do conhecimento. A pluralidade de áreas de conhecimento em uma mesma disciplina, e interdisciplinaridade tem marcado essas práticas, que têm demandado muito trabalho conjunto,orientações individuais, reuniões de planejamento e encontros de formação e execução.O objetivo principal é realizar de forma interdisciplinar práticas educativas escolares e comunitárias durante o tempo comunidade, garantindo assim o fecundo desenvolvimento de práticas que garantem o bom andamento do regime de alternância no Curso de Licenciatura em Educação do Campo no modo on-line.

As disciplinas de práticas educativas escolares e comunitárias do Curso de Licenciatura em Educação do Campo tem contribuído para os/as estudantes compreenderem a identidade como sujeito do campo, bem como a sua relação com o coletivo. Nesse sentido, dentre os objetivos específicos, destaca-se:Iniciar a reflexão acerca das escolas e comunidades do campo a partir da sua própria história como sujeito do campo;Desenvolver a compreensão de si mesmo/a como povo do campo e/ou povo tradicional; Compreender o seu próprio vínculo cultural com as questões socioambientais; Refletir acerca da sua contribuição para a produção agropecuária;Contribuir para a qualidade dos Cursos de Graduação no período emergencial, através da inserção de graduandos em atividades e ações de ensino que visem evitar a retenção de estudantes no seu percurso curricular,bem como, prevenir a evasão e o abandono do curso; Identificar na sua trajetória de vida possíveis relações com os movimentos sociais do campo, ou com os objetivos dos movimentos sociais do campo;Compreender como ocorre os impactos socioambientais do viver/agir no campo;Perceber-se enquanto um sujeito que faz parte de uma coletividade; Organizar uma prática comunitária de acordo com as demandas do povo tradicional identificadas na disciplina anterior; Compreender contextos escolares e comunitários do campo através da realização de práticas escolares; Realizar práticas escolares na educação do campo com acompanhamento dos/as docentes do semestre no modo on-line;Ações de intervenção nas escolas do campo; Realizar o planejamento de práticas comunitárias na Educação do Campo através de projetos orientados por docentes do curso;Contextualizar povos tradicionais que compõem aquela turma e relacioná-los com a produção vegetal e animal; Identificar a relação dos povos tradicionais com a produção animal e vegetal; Identificar as atividades agropecuárias presente nas organizações dos Movimentos sociais do campo; Problematizar a importância social dos movimentos sociais; Relacionar movimentos sociais e ciências agrárias;Conhecer os povos tradicionais locais, aprofundando questões da história, resgatando as práticas agropecuárias regionais; Conhecer e problematizar a relação de trabalho das mulheres do campo no processo produtivo; Identificar os aspectos agroecológicos e de agricultura familiar nos processos produtivos e relacioná-los com a saúde humana; Possibilitar a criação de métodos e instrumentos didático-pedagógicos na modalidade on-line das disciplinas ofertadas de forma remota no contexto do período emergencial, em conformidade com a Instrução Normativa 023/2020.

12) Epistemologias Latino-Americanas para o Bem Viver (Graziela Rinaldi – IE)

O presente projeto realiza uma pesquisa bibliográfica sobre Epistemologias Feministas Latino-Americanas para o Bem Viver, abordando principalmente o pensamento ecofeminista e o feminismo decolonial, popular e comunitário latino-americano. Essas vertentes estão se destacando na luta pelo bem viver, seja por vias institucionais ou dos movimentos sociais na América do sul. Os conhecimentos trazidos pelas comunidades indígenas, camponesas, quilombolas, ribeirinhas, entre outras comunidades tradicionais, fazem parte de uma epistemologia natural, criada a partir da experiência desses povos. Ao partir de uma perspectiva latino-americana e descolonial essas autoras estão contestando o sistema de dominação patriarcal, capitalista e colonizatório, sistemas esses que são responsáveis pela degradação ambiental, pela desigualdade social e pelo sistema escravocrata que perdurou por longos anos no Brasil, onde ainda convivemos com sua herança. Trata de um projeto de pesquisa, que surgiu da necessidade de um aprofundamento teórico a partir do projeto de extensão denominado Educação do Campo em Movimento.